terça-feira, 25 de setembro de 2007

Evidência & Argumento: 12 Homens e uma Sentença...

"Há evidências para culpá-lo, ou inocentá-lo... mas argumentos..." (12 Angry Men, 1957 - com Hery Fonda)
(...) Pensei nessa frase (invenção minha), pois creio que é uma questão importante que se destaca no filme, no meu ponto de vista – evidências, provas, existiam, tanto para inocentar o rapaz, quanto para culpá-lo, mas os argumentos utilizados para inocentá-lo foram mais fortes. Mais fortes porque traziam reflexões e questionamentos mais aprofundados, colocando em dúvida, realmente, as evidências/provas contrárias. E, ainda, foram mais defendidas, o que torna a idéia da inocência mais convincente, confiável e confortável. Portanto, os “argumentos fazem toda a diferença” (junto às evidências, claro), diante de tantas possibilidades e inferências. Talvez isso tenhamos de trazer para a nossa realidade e nosso trabalho no pead (afinal, vamos trabalhar com evidências e argumentos): boas evidências tem mais sentido junto a bons argumentos.
(...) Uma passagem do filme (entre tantas outras) que destaco e que apresenta uma evidência é o fato elencado por um dos jurados de que o rapaz, passado o pânico do ato cometido, retornou para casa três horas depois de ter matado o pai, para recolher a arma do crime. Interessantes argumentos foram levantados diante desta evidência – possivelmente, sendo o rapaz o assassino, ele não retornaria à cena do crime, tendo em vista que a faca que ele a pouco havia comprado estava no corpo, pessoas poderiam ter visto ou escutado algo, o corpo já poderia ter sido encontrado. E ainda, que alguém em pânico, para ter esse tipo de conduta, não condiz com a conduta fria de limpar as impressões digitais. Outra cena impactante: quando o ator principal insulta e enfrenta o personagem que foi o último a mudar seu voto (não lembro o nome) e este arremete em direção ao primeiro, gritando “vou matá-lo, vou matá-lo”, assim como fez o rapaz, segundo uma testemunha (evidência tão destacada no tribunal e pelos jurados). Creio que a situação, como um todo, é um bom argumento que sustenta e evidência da fala do rapaz momentos antes do crime.
(...) Pensei nessa frase (invenção minha), pois creio que é uma questão importante que se destaca no filme, no meu ponto de vista – evidências, provas, existiam, tanto para inocentar o rapaz, quanto para culpá-lo, mas os argumentos utilizados para inocentá-lo foram mais fortes. Mais fortes porque traziam reflexões e questionamentos mais aprofundados, colocando em dúvida, realmente, as evidências/provas contrárias. E, ainda, foram mais defendidas, o que torna a idéia da inocência mais convincente, confiável e confortável. Portanto, os “argumentos fazem toda a diferença” (junto às evidências, claro), diante de tantas possibilidades e inferências. Talvez isso tenhamos de trazer para a nossa realidade e nosso trabalho no pead (afinal, vamos trabalhar com evidências e argumentos): boas evidências tem mais sentido junto a bons argumentos.
(...) não dá para deixar de mencionar uma preciosidade do filme, para o entendimento do funcionamento de um grupo que, atravessado por sua própria realidade, sustenta (ou não) suas escolhas. O comportamento de uma pessoa, em grupo, também pode ser bem diferente do que individualmente, como vimos – no coletivo, o último a inocentar, era feroz e defendido; sozinho, sem a força do grupo, viu-se acuado, baixou a defesa e revelou o que estava por trás do seu funcionamento" (Fórum da Espead – grupo 3 - 25/09/2007).

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